Na segunda-feira nos encontramos no estágio e aquela sensação estranha, mistura de ansiedade com medo e vontade, aumentava a cada minuto que passava. Mal consegui trabalhar em paz, só conseguia pensar no que aconteceria quando ficássemos a sós. As horas não passavam, o tempo parecia se arrastar.
Alguns dias atrás tínhamos encomendado alguns cartões de visita para o trabalho da faculdade e hoje teríamos que buscar os cartões. No dia da encomenda alguma coisa já tinha mudado em nós, ao nos despedirmos nos demos um abraço forte e fui para casa sentindo que aquele abraço tinha mexido comigo. O trabalho será apresentado na quarta-feira e só faltavam alguns detalhes para finalizá-lo.
Quando deu a hora de ir embora estava aflita, minhas mãos suavam, meu coração acelerado. Nesse dia ele estava sem carro, então alguns colegas do estágio nos deixaram próximo à gráfica, descemos do carro e quase como um imã nossos lábios se tocaram. Não tivemos nem o cuidado de ver se o carro já tinha ido embora, ou se alguém estaria nos observando.
O primeiro beijo foi um pouco desesperado, talvez pela ansiedade que tinha tomado nosso corpo durante o dia todo. Pegamos os cartões e fomos caminhando em direção à minha casa. Falamos pouco, mas nossos olhos diziam tudo que não conseguíamos. Paramos numa passarela e ficamos alí por uma eternidade não calculada. Perdemos a noção do tempo. Foi mágico.
Difícil foi se despedir, mesmo sabendo que em algumas horas estaríamos juntos novamente na faculdade. Caminhávamos e a cada 2 ou 3 segundos olhávamos para trás novamente, os olhares se encontravam e um sorriso tímido se atrevia a sair.
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