Deitada em meu leito escutava o tic-tac do relógio maior que vinha desde a sala até meu quarto. Sim, eu sofria de insônia e esse meu sofrer já tinha motivos maiores. Eu sentia, como melhor amiga de Clara que algo iria acontecer novamente nesse meio de mês. Tentando me destrair fiquei a contar os segundos um a um, eram seis e meia. Por um instante cochilei, mas ao toque do telefone logo despertei, era Clara. Percebi em poucos segundos que estava á soluçar e entre um soluço e outro me disse:
- Sonhei novamente com aquilo. Todo meio de mês eu tenho esse mesmo sonho, mas até quando? Não conseguirei ir sozinha, mas tenho certeza que vê-lo será a solução. Por isso ligo e peço-lhe que me acompanhe. Minha razão diz que não devo, mas meu coração pede um reencontro. Te pego em casa ás nove. - E desligou.
Todo mês, nessa mesma época, era atormentada pelos mesmo pesadelos, angústias, choros. Pode Clara. Não poderia abandoná-la. Sabendo que não havia mais nada que pudesse fazer a não ser acompanhá-la nessa visita, me convenci. Admirada pela coragem dela consegui forçase fui ao banho.
Tomei café ansiosa esperando a chegada de Clara. Fiquei pouco tempo á pensar nos olhos dela tristonhos e sem cor, mas meu pensamento foi interrompido por uma buzina.
Abotoei meu casaco de pele, peguei uma rosa que estava em meu vaso e com o dedo menor apanhei o molho de chaves. Aquele olhar que estava imaginando era o mesmo que se encontrava no rosto de Clara.
Entrei no carro e lhe dei um bom dia animado, esperando uma reação positiva, mas sabendo de antes que não seria correspondida da maneira que gostaria. Ela fingiu o mesmo entusiasmo e mostrou-me um sorriso tímido, tentando esconder todo o vazio. Seguimos por quilômetros e quando ousei perguntar onde estávamos indo ela me respondeu com firmeza: "Já estamos chegando. É logo ali!".
Chegamos a um campo onde o verde era vivo e as flores davam vida a tudo que por ali ficará. Os pássaros bailavam alegremente. Lugar bonito, mas triste. Clara estacionou e seguiu por um caminho estreito. Eu apenas a segui.
Caminhava despercebida quando me encontrei com o olhar em lágrimas de Clara. Ela observava um túmulo branco, rodeado dos mais diversos tipos de flores. Vermelhas, amarelas, rosas e brancas, traziam um colorido que faltava em Clara. Foi nesse meio tempo que coloquei aquela rosa que havia pegado em casa junto com muitas outras rosas. A rosa era branca e se misturava com as vermelhas.
Clara chovara e em nosso abraço podia sentir toda sua dor, dor aquela que tetou esconder atrás de sorrisos tímidos.
Olhando fixamente para ver o que havia gravado naquele mármore:
O amor havia sido enterrado, mas contiuará vivo, por todo o sempre!
E continuará vivo.
A Fernanda contou o conto,
que criou asas com a Aline,
seguiu novos destinos com o Antonio,
brincou de repousar com a Dani,
recomeçou a viagem com a Mariana,
escolheu novos destinos com o Nasca,
criou vida nas palavras de Marina
dormiu uns dias na casa de Patrícia
parafraseou na imaginação da Pamêla
pousou na primavera desse ano com Gabriela M.
e agora estende a visita à minha varanda.
que criou asas com a Aline,
seguiu novos destinos com o Antonio,
brincou de repousar com a Dani,
recomeçou a viagem com a Mariana,
escolheu novos destinos com o Nasca,
criou vida nas palavras de Marina
dormiu uns dias na casa de Patrícia
parafraseou na imaginação da Pamêla
pousou na primavera desse ano com Gabriela M.
e agora estende a visita à minha varanda.
[suspiro].
ResponderExcluirPerdi-me no teu ponto, moça. Foi fantástico. E o fim. Ai, o fim.
É,
continuará.
E darei continuidade, em outro conto, um dia.